quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sais Minerais

De entre os nutrientes necessários à saúde, como as proteínas, gorduras e vitaminas, há um grupo de elementos chamados minerais.
Tal como as vitaminas, os minerais não podem ser sintetizados pelo organismo, eles devem ser obtidos através da alimentação. Não fornecem calorias, mas desempenham diversas funções importantes no organismo.
Essenciais na constituição estrutural dos tecidos corporais, os minerais possuem um papel importante como reguladores orgânicos que controlam os impulsos nervosos, a actividade muscular e o balanço ácido-base do organismo. Actuam também como activadores/reguladores de muitas enzimas.
Os sais minerais estão ainda envolvidos no processo de crescimento e desenvolvimento corporal.
Como componentes dos alimentos, os minerais participam no sabor e activam ou inibem as enzimas e outras reacções que influem na textura dos alimentos.




Cálcio 

Os suplementos de cálcio são usados em situações de hipocalcemia e na prevenção e tratamento de patologias resultantes de uma carência em cálcio. A administração de suplementos de cálcio justifica-se em situações em que há um aumento nas necessidades de cálcio (infância, gravidez, aleitamento), quando há deficiências na absorção de cálcio (idosos) ou como medida parcial de terapêutica na osteoporose.
 As associações de sais de cálcio com vitamina D são sobretudo usadas como parte da terapêutica da osteoporose dado que a vitamina D favorece a absorção do cálcio.
 Os sais de cálcio são normalmente administrados por via oral. Em situações mais graves, são administrados por via parentérica (por via SC, IM ou IV). A administração por via oral pode causar perturbações gastrointestinais, nomeadamente irritação e obstipação. O cloreto de cálcio é considerado como o mais irritante dos sais de cálcio não sendo, por isso, normalmente utilizado por via oral. A administração parentérica pode causar desde irritação a necrose no local da injecção; pode ainda ocorrer calcificação de tecidos moles.
Estes sais estão contra-indicados em situações de IR, hipervitaminose D e sarcoidose.
Carbonato de cálcio, fosfato tricálcico + colecalciferol, hidroxiapatite são exemplos deste grupo de fármacos.

Fonte de Cálcio: leite (por exemplo)

Suplemento de Cálcio

 Magnésio

 Os suplementos de magnésio são usados em situações de hipomagnesemia e na prevenção e tratamento de patologias resultantes de uma carência em magnésio. A hipomagnesemia pode resultar de uma dieta pobre em magnésio ou ser o resultado de perturbações na sua absorção intestinal. Pode também ser devida a uma perda exagerada pela urina ou pelas fezes, em caso de diarreia crónica, de quadros de alcoolismo ou resultar do uso de alguns fármacos (diuréticos da família das tiazidas e aminoglicosídeos).
Os sais de magnésio têm ainda outras possíveis indicações. É proposta também a sua utilização em situações de anestesia (para prevenir alterações hemodinâmicas associadas com a intubação), no tratamento ou prevenção de arritmias, no tratamento da eclampsia ou pré-eclampsia, na prevenção do parto prematuro e em doenças obstrutivas respiratórias.
Os sais de magnésio não são bem absorvidos por via oral, razão que justifica o uso de sais de magnésio para acção local como laxantes. O magnésio é excretado pelos rins podendo também ocorrer uma considerável eliminação através das secreções gastrointestinais.
Estes sais, podem, ainda, ser administrados por via oral para o tratamento de carência de magnésio crónica ou assintomática.
Aspartato de magnésio, cloreto de magnésio, lactato de magnésio, pidolato de magnésio são alguns exemplos deste grupo de fármacos.

Fonte de magnésio: Amêndoas (por exemplo)

Suplemento de Magnésio


 Fósforo

Os suplementos de fósforo (sob a forma de fosfatos) são usados por via oral em situações de hipofosfatémia e em situações resultantes de uma carência em fosfatos, nomeadamente em casos de raquitismo, de alcoolismo, de acidose diabética ou de administração prolongada de compostos contendo alumínio. São recomendadas doses até 100 mmoles/dia. A principal reacção adversa é o aparecimento de diarreia. Este efeito sobre a motilidade intestinal constitui a base para a utilização de fosfatos como laxantes.
Os fosfatos podem ser também usados por via IV, em doses máximas na ordem das 9 mmoles de 12 em 12 horas.
Devido à incompatibilidade entre fosfatos e cálcio, a utilização de fosfatos em altas doses pode levar à formação de depósitos ectópicos de fosfato de cálcio. Em caso de hiperfosfatemia pode recorrer-se à administração de antiácidos com sais de alumínio ou de cálcio. Os sais de alumínio são os recomendados em caso de IR ou em caso de hipercalcemia ou hipercalciúria.

Fonte de fósforo: lentilhas



Suplemento de Fósforo


Potássio

Os sais de potássio são usados para a prevenção e tratamento da depleção de potássio e/ou hipocaliemia, e na prevenção da hipocaliemia causada pela administração prolongada de diuréticos espoliadores de potássio. O potássio é abundante na maioria dos vegetais e dos frutos pelo que, na maioria dos casos, uma dieta equilibrada pode ser suficiente para prevenir a hipocaliemia.
A toma de sais de potássio em excesso pode causar hipercaliemia, que se manifesta por parestesias das extremidades, fraqueza ou paralisia muscular, arritmias e risco de paragem cardíaca, e alterações neurológicas centrais. O risco de surgir hipercaliemia é maior nos insuficientes renais ou quando se associam os sais de potássio a fármacos poupadores de potássio ou a inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
Os sais de potássio por via oral podem causar diversas reacções gastrointestinais (náuseas, vómitos, cólicas intestinais e ulceração gástrica). A incidência destas reacções pode ser diminuída com o uso de formas efervescentes, de formas de cedência prolongada e se as tomas se fizerem durante ou após as refeições.


Fonte de potássio: Tomate (por exemplo)


suplementos de potássio

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